Uma equipe internacional de cientistas
conseguiu manter o estado da memória de um qubit por 39 minutos. Isso
pode não parecer muito, mas é 100 vezes maior do que o recorde anterior.
É uma conquista revolucionária que poderia abrir o caminho para
computadores assustadoramente rápidos.
Ao contrário dos computadores
convencionais e os “bits” de dados, os computadores quânticos usam os
“qubits” como a sua unidade mais básica de informação.
O processamento de informações quânticas
é feito através do uso de partículas elementares, como os elétrons e
fótons. Estas partículas, conforme elas mudam a sua carga ou
polarização, podem representar os 0 e 1 convencionais.
Os qubits tiram vantagem de efeitos
quânticos assustadores que lhes permitam ser armazenados em um estado de
“sobreposição”, o que significa que eles podem ser 0 e 1 ao mesmo
tempo. Os computadores quânticos, portanto, podem realizar vários
cálculos em um instante, e é por isso que eles estão muitas vezes
anunciados como o computador do futuro. E, de fato, o Google e a NASA entusiasticamente se uniram para desenvolver um computador quântico.
Mas os sistemas quânticos são
incrivelmente difíceis de medir e operar. Eles são altamente instáveis e
muitas vezes “esquecem” suas memórias em menos de um segundo. Antes
desta descoberta mais recente, cientistas só podiam manter um qubit em
um sistema de estado sólido por apenas 25 segundos a temperatura
ambiente. Ou três minutos em condições criogênicas.
No novo experimento, uma equipe
internacional liderada por Mike Thewalt, da Simon Fraser University, no
Canadá, estabeleceu um novo padrão para a codificação de qubits de
informação em um sistema de silício à temperatura ambiente.
Para isso, a equipe de Thewalt codificou
informações no núcleo dos átomos de fósforo mantidos em um pequeno
pedaço de silício purificado. Depois, eles usaram campos magnéticos para
inclinar a rotação dos núcleos para criar o estado desejado de
sobreposição (que produzem os qubits desejados de memória). Tudo isso
foi feito a temperaturas próximas do zero absoluto, mas quando o sistema
foi levado para apenas um pouco acima da temperatura ambiente, a
superposição se manteve estável durante 39 minutos.
Além disso, os pesquisadores foram
capazes de manipular os qubits conforme a temperatura subia e descia de
volta para o zero absoluto.
Mas vários desafios permanecem,
incluindo o fato de que os pesquisadores utilizaram uma forma não
convencional e altamente purificada de silício.
Sem dúvida, este é um campo científico
emergente, e ainda temos muito a percorrer antes que nós tenhamos
computadores quânticos e outros dispositivos quânticos em nossas mesas. O
progresso pode ser lento, mas ele está chegando.
Fonte http://misteriosdomundo.com/computacao-quantica-da-um-salto-gigantesco-para-frente#ixzz2oFK930gz
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